sábado, 1 de agosto de 2009

Meu nome é orgasmo. Muito prazer!

Então. Descobri que ontem foi o dia Internacional do orgasmo. Não que necessite de um dia para sentir prazer. Isso é bem vindo todos os dias, mas já que escolheram essa data, vamos falar dele. Porque é falando que a gente encontra. É o primeiro passo. Eu só fui conhece-lo após uma palestra com a Laura Muller, onde sem meias palavras ela disse que quando estamos mal humoradas, cansadas, sem ânimo, esgotadas, estressadas, o melhor remédio é um orgasmo. E desafiou a mulherada que nunca tinha sentido prazer (acredite, algumas nunca gozaram na vida) a “se descobrirem”, primeiro um autoconhecimento. Depois a dois. Lá fui eu, aceitando o desafio, aos vinte e dois anos, já mãe, fazer um tour que me fez assinar embaixo o que a sexóloga falou.

Os homens chegam a o atingir em até dois minutos e isso tem fácil explicação biológica: quando excitados o sangue flui para os órgão sexuais e promove uma vaso-congestão, ou seja, vai direto para o “garoto”. Já a mulher precisa de pelo menos doze minutos para “chegar lá”, pois a vaso-congestão tem que passar pela vulva, pequenos lábios, vagina útero e assoalho pélvico. Para irrigar toda essa área, necessitamos das preliminares, que não é frescura, como alguns apressadinhos pensam . E isso é só o fator biológico.
Na vida corrida da gente, trabalho, filhos, casa, e várias bagagens repressoras (religião, cultura, sociedade, padrões de estética e beleza) muitas vezes não há espaço para o prazer. Mas isso é um direito nosso. Então lutemos por ele.
É importante lembrar que em muitos países o prazer feminino é proibido, e em muitas vezes nada tem a ver com religião e sim com puro machismo. Nesses países (maioria da África e Ásia) algumas mulheres são mutiladas de forma desumana. Ocorre a amputação do clitóris de modo que esta não possa desfrutar do prazer durante o ato sexual. A remoção é por muitas vezes feita com instrumentos de corte inadequados (se é que existe instrumento de corte de clitóris adequado), sem anestesia, e sem o mínimo de higiene.
Voltando a falar do orgasmo, a sua definição não é fácil de fazer, assim como nas primeiras vezes que o sentimos não é fácil de indentificar, pois ficamos "fora do ar" por um curto espaço de tempo e não há "provas físicas", pois não há ejaculação (aí entra o fato de algumas mulheres fingirem. Tsc-tsc). É uma tensão prazerosa e crescente das estruturas vaginais, contrações rítmicas involuntárias e muitas vezes vêm acompanhadas por uma perda rápida do controle dos sentidos, uma espécie de desligamento do ambiente, seguido por um total relaxamento dos músculos do corpo todo e bem-estar. O que proporciona um sono dos deuses depois, uma noite completamente reparadora (ou manhã, ou tarde...ou manhã-tarde-noite...rs). Sendo assim vale muito mais a pena dar umazinha bem dada depois de um dia cansativo e estressante e depois ir dormir que ir dormir direto.
O Dr. Freud classificou em dois tipos o orgasmo feminino: o imaturo (pelo estímulo do clitóris) e o maduro (vaginal, segundo ele o ideal, mas sinceramente não sei como ele, sem vagina e sem clitóris, pode ter chegado a esta conclusão).
Muitas mulheres passam a vida se torturando tentando se excitar apenas com a penetração e não conseguem sentir nada.
Podemos então fazer uma analogia simples: em um excitante jogo de vídeogame, onde a pontuação é convertida em prazer, temos um poderoso joystick ao alcance, onde há um botãozinho que estimulado na hora certa, faz com que ganhemos vários pontos.
Então, meninas, apertem o “botão do prazer”, relaxem, desliguem-se das contas, dos problemas, das gordurinhas localizadas, do peito que já não aponta para o horizonte e prepare-se para ganhar o game! Ao lado do seu amor então, não haverá perdedores.

2 comentários:

  1. Mas só poderia ser você a escrever né? hahahaha
    Saudades de você...manda email, sinal de fumaça, mensgem pélo cel..qquer coisa fia de deus
    beijo

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  2. então, não tinha tido tempo de ver teu brog novo, flor, e quando chega tem um post desses... bem como disse geleca, tua cara, rs. Li tudo o que pude, gostei, é bem o teu texto mesmo, já estava com saudades dele. :*cas

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