quinta-feira, 27 de agosto de 2009

As coisas como são ...


Eu que sonhava em ser a Smurffety (lindinha, loirinha e rodeada de homens) acabei virando o Gargamel (velho, sozinho e com um gato como companhia)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Meus medos...

Tenho medo da solidão.
Medo de barata.
Medo do Renew não dar conta do recado.
Medo de precisar de Viagra para que dêem conta do recado.
Medo da gripe dos porcos.
Medo da solidão.
Medo de filme de terror.
Medo de montanha russa.
Medo de ficar desempregada.
Medo da solidão.
Medo de não ver mais quem tá longe.
Medo de ficar para sempre longe de quem eu gosto.
Medo de não ter tempo de ler os livros que quero ler.
Medo de não acordar.
Medo de não querer acordar.
Medo da solidão.
Medo que me julguem errado.
Medo de perder o ônibus.
Medo de chegar atrasada.
Medo de não ter grana para pagar as contas.
Medo da solidão.
Medo das roupas não servirem.
Medo de não poder fazer nada.
Medo de ter que fazer tudo.
Medo de ser mal tratada.
Medo de não ser tratada de modo algum.
Medo da solidão.



...e de barata.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Medos


Que saudades que eu tenho da época de que a coisa que me dava mais medo era a zebrinha que botava a linguinha de fora para anunciar a loteria esportiva.
Assim que eu me recuperar de alguns medos, volto aqui para falar deles.
Beijos

sábado, 1 de agosto de 2009

Meu nome é orgasmo. Muito prazer!

Então. Descobri que ontem foi o dia Internacional do orgasmo. Não que necessite de um dia para sentir prazer. Isso é bem vindo todos os dias, mas já que escolheram essa data, vamos falar dele. Porque é falando que a gente encontra. É o primeiro passo. Eu só fui conhece-lo após uma palestra com a Laura Muller, onde sem meias palavras ela disse que quando estamos mal humoradas, cansadas, sem ânimo, esgotadas, estressadas, o melhor remédio é um orgasmo. E desafiou a mulherada que nunca tinha sentido prazer (acredite, algumas nunca gozaram na vida) a “se descobrirem”, primeiro um autoconhecimento. Depois a dois. Lá fui eu, aceitando o desafio, aos vinte e dois anos, já mãe, fazer um tour que me fez assinar embaixo o que a sexóloga falou.

Os homens chegam a o atingir em até dois minutos e isso tem fácil explicação biológica: quando excitados o sangue flui para os órgão sexuais e promove uma vaso-congestão, ou seja, vai direto para o “garoto”. Já a mulher precisa de pelo menos doze minutos para “chegar lá”, pois a vaso-congestão tem que passar pela vulva, pequenos lábios, vagina útero e assoalho pélvico. Para irrigar toda essa área, necessitamos das preliminares, que não é frescura, como alguns apressadinhos pensam . E isso é só o fator biológico.
Na vida corrida da gente, trabalho, filhos, casa, e várias bagagens repressoras (religião, cultura, sociedade, padrões de estética e beleza) muitas vezes não há espaço para o prazer. Mas isso é um direito nosso. Então lutemos por ele.
É importante lembrar que em muitos países o prazer feminino é proibido, e em muitas vezes nada tem a ver com religião e sim com puro machismo. Nesses países (maioria da África e Ásia) algumas mulheres são mutiladas de forma desumana. Ocorre a amputação do clitóris de modo que esta não possa desfrutar do prazer durante o ato sexual. A remoção é por muitas vezes feita com instrumentos de corte inadequados (se é que existe instrumento de corte de clitóris adequado), sem anestesia, e sem o mínimo de higiene.
Voltando a falar do orgasmo, a sua definição não é fácil de fazer, assim como nas primeiras vezes que o sentimos não é fácil de indentificar, pois ficamos "fora do ar" por um curto espaço de tempo e não há "provas físicas", pois não há ejaculação (aí entra o fato de algumas mulheres fingirem. Tsc-tsc). É uma tensão prazerosa e crescente das estruturas vaginais, contrações rítmicas involuntárias e muitas vezes vêm acompanhadas por uma perda rápida do controle dos sentidos, uma espécie de desligamento do ambiente, seguido por um total relaxamento dos músculos do corpo todo e bem-estar. O que proporciona um sono dos deuses depois, uma noite completamente reparadora (ou manhã, ou tarde...ou manhã-tarde-noite...rs). Sendo assim vale muito mais a pena dar umazinha bem dada depois de um dia cansativo e estressante e depois ir dormir que ir dormir direto.
O Dr. Freud classificou em dois tipos o orgasmo feminino: o imaturo (pelo estímulo do clitóris) e o maduro (vaginal, segundo ele o ideal, mas sinceramente não sei como ele, sem vagina e sem clitóris, pode ter chegado a esta conclusão).
Muitas mulheres passam a vida se torturando tentando se excitar apenas com a penetração e não conseguem sentir nada.
Podemos então fazer uma analogia simples: em um excitante jogo de vídeogame, onde a pontuação é convertida em prazer, temos um poderoso joystick ao alcance, onde há um botãozinho que estimulado na hora certa, faz com que ganhemos vários pontos.
Então, meninas, apertem o “botão do prazer”, relaxem, desliguem-se das contas, dos problemas, das gordurinhas localizadas, do peito que já não aponta para o horizonte e prepare-se para ganhar o game! Ao lado do seu amor então, não haverá perdedores.